Nessa coluna, eu trago a vocês depoimentos daqueles que, de uma maneira ou de outra, se transformaram em “profissionais” do cosplay. Para alguns, foi uma atividade paralela, uma forma, muitas vezes, de custear os próprios trajes. Para outros, uma segunda vida fazendo aquilo que mais amam. Para outros, ainda, uma profissão à qual se dedicam noite e dia.
Hannah Éva entrou no mundo do cosplay há pouco tempo, mas já produziu trajes simplesmente impressionantes. A cosmaker, que hoje se dedica à confecção em tempo integral, me contou sobre sua rotina, sua experiência como convidada oficial de uma convenção e um pouco sobre a cena do cosplay nos Estados Unidos.
Confiram a entrevista abaixo:
Qual é a sua idade e há quanto tempo trabalha com cosplay?
Tenho 23 anos e faço cosplay há 2.
Como você se tornou uma cosmaker?
Tornar-se uma cosmaker aconteceu meio por acaso. Eu nunca soube o que eu realmente queria fazer quando crescesse. Porém, independente de eu saber ou de querer, eu sabia que acabaria fazendo algo relacionado à arte, já que era a única coisa em que eu era boa.
Nesses últimos anos, mesmo antes de eu saber o que era cosplay, meu sonho era me fantasiar e ser paga para isso. Eu aprendi a costurar quando fui hospitalizada aos 15 anos. É uma coisa que me foi ensinada como uma terapia. Depois disso, no entanto, eu não pensei muito sobre isto até quando comecei a fazer meu primeiro cosplay. Felizmente, eu aprendo rápido, pois evolui de uma noob a alguém que vive de cosmaking em apenas 2 anos.
Em uma entrevista passada, você mencionou que o cosplay se tornou sua vida inteira. Como cosmaker, qual é a sua rotina? Você trabalha em casa ou tem uma oficina? Quanto do seu tempo você investe nisso? Você divide sua paixão com um outro emprego?
Eu fui diagnosticada com um caso bastante extremo de transtorno bipolar. Eu já tive de largar vários empregos por causa disso. Devido à minha doença, cosmaking se tornou minha única profissão. É muito conveniente ser minha própria chefe, pois eu posso planejar minha vida de acordo com o meu transtorno.
Eu trabalho em casa. Eu tenho um cômodo separado para minhas coisas de cosplay, mas elas tendem a se espalhar por toda a casa. Eu fico doente com frequência e preciso cuidar da minha saúde acima de tudo, mas cada dia em que posso trabalhar eu me dedico aos trajes.
Eu não tenho muita vida social, então me tornei uma espécie de workaholic. Eu me sinto um pouco mal pela minha família e amigos, pois não tenho muito do que falar além de cosplay, já que é basicamente a única coisa na minha vida além dos meus animais de estimação.
Na sua página, você menciona que aceita encomendas para fantasias de halloween. Apesar da data ser celebrada ao redor do mundo, eu acreditou que os Estados Unidos são um dos únicos países onde se tornou esse evento superpopular, em que mesmo adultos se fantasiam. Cosplayers americanos costumam fazer trajes “casuais” também? Quão fácil é circular entre o mundo do cosplay e outras variedades de confecção?
Eu brinco todo ano dizendo que estou me fantasiando de pessoa normal no Halloween, já que me fantasio em todos os outros dias do ano. É tipo meu dia de folga.
Porém, essa é só uma tentativa triste de esconder o fato de que faz muitos anos que não comemoro Halloween. Eu adoro o feriado, mas nunca me surgiu nada legal na data, nem fui convidada para nenhum evento ou festa. Por outro lado, para meu negócio como cosmaker é ótimo, pois posso alcançar um público mais amplo.
Eu imagino que Halloween seja mais fácil para cosplayers porque nós não sentimos tanto stress em arranjar um traje de última hora se temos alguma coisa no armário. Eu sei que eu usaria o Halloween para fazer um cosplay mais casual em comparação aos que eu levo para convenções. Eu sinto uma pressão absurda sempre que faço um novo cosplay. Halloween é uma forma de extravasar, já que é mais sobre se divertir do que uma opção de carreira.
Eu acho que migrar do cosplay para outros tipos de fantasia é bem fácil. Geralmente, quando você faz cosplay você é uma personagem específica, mas no Halloween a regra é outra. Para quem não faz design de roupas, eu entendo que pode ser um desafio, pois você não tem um plano certo para seguir. Criar fantasias para festivais diferentes pode ser divertido e desafiador, pois você precisa se ater a um tipo específico de fantasia e não fugir das restrições. Eu amo desafios e design de trajes é minha parte favorita do cosmaking, então sempre me animo para fazer fantasias para todo tipo de evento.
Você já foi chamada a convenções como uma cosplayer convidada. Você pode contar um pouco da sua experiência? O que uma cosplayer convidada geralmente faz? Como as pessoas geralmente são abordadas para se tornarem convidadas? Quem é o responsável pelo contato?
A experiência foi intimidadora. Eu não sabia o que esperar, e me parecia amedrontador. Quando eu cheguei lá, no entanto, encontrei algumas pessoas incríveis. A outra cosplayer convidada, SuperKayce, me orientou muito.
Como cosplayer convidada, eu ficava disponível para fotos, respondia questões e dava dicas de cosplay. Eu também tive a oportunidade de vender meus prints e outros merchans!
Uma das responsabilidades que eu tive foi moderar uma mesa redonda sobre um assunto da minha escolha. Eu escolhi “Introdução ao Cosplay”, já que era um tópico com o qual eu me identificava como uma “cosplayer noob”.
Como eu nunca havia estado em uma mesa redonda antes, a SuperKayce foi comigo e me deu uma grande ajuda. Ela não só me guiou, mas também me ajudou a coordenar a discussão. Foi uma experiência maravilhosa, e eu realmente espero ter uma outra oportunidade parecida.
Para me tornar uma cosplayer convidada, eu entrei em contato com os organizadores. Eu dei a eles minhas informações de cosplay, e eles me ofereceram um lugar na booth de cosplay.
Você já trabalhou com cosplay fora da cena “geek” propriamente dita? (ex: em eventos corporativos, festas infantis, ações de caridade ou de marketing)?
Eu participei de alguns eventos de caridade como cosplayer e ano passado trabalhei como entertainer no Iola Car Show na cidade de Iola, Wisconsin. É bem divertido fazer esses eventos, mas é uma experiência completamente diferente. Em convenções, você está fantasiada em um ambiente em que usar fantasias é a norma. Nesses eventos, todos os olhares estão sobre você, pois você é a única pessoa usando um traje. Eu tenho um talento natural para performance e não fico envergonhada fácil, então para mim é muito divertido. Eu vou atrás de todas as oportunidades que tenho para usar uma fantasia.
Para além da realização pessoal, o que uma cosplayer busca em concursos? (Renda, prestígio, networking?) Você participa de muitos concursos? É possível se profissionalizar no âmbito do cosplay sem participar de concursos?
Concursos trazem um sentimento de orgulho – poder dizer que você é uma cosplayer premiada. Fora isso, cosplayers podem receber prêmios maravilhosos, conhecer novos contatos e ter fotos tiradas. Como muitas pessoas assistem aos concursos, você é reconhecida mais do que seria se alguém simplesmente cruzasse com você na convenção.
É definitivamente possível para uma cosplayer se tornar profissional sem participar de concursos. Elas precisam se esforçar um pouco mais para compensar pelos benefícios que perdem, mas muito do cosplay profissional é networking. Eu sofro muito com isso porque fui uma pessoa introvertida a minha vida toda. Não é fácil para mim decidir o que mostrar. Muitas convenções estão mais interessadas nas sua capacidade para networking do que em quantos concursos você participou.
Como você escolhe os concursos nos quais participa, e como se prepara para eles? Você concebe um cosplay específico para cada evento, ou aproveita para mostrar algum projeto que já tenha em andamento?
Se eu tenho de participar um concurso, começo a preparar um cosplay com meses de antecedência. Eu gosto de pesquisar os concursos antes de decidir concorrer, de forma a saber o que esperar. Eu não participo de concursos sempre que vou a convenções. Eu me dedico tanto aos cosplays que faço para competição que às vezes preciso de uma trégua para curtir a convenção em vez de me estressar com um concurso.
Minha estratégia é ser sempre gentil e descontraída para aliviar o stress enquanto estou esperando para ser julgada. Eu me sinto muito confortável quando entro no palco, é como se o mundo inteiro desaparecesse. Eu geralmente preciso perguntar se alguém me aplaudiu, pois não consigo ouvir. Depois que eu desço do palco eu digo a mim mesma que não vou ganhar de jeito nenhum, assim se eu perder não fico desapontada.
Competir é muito divertido, mas existem pessoas que levam a sério demais. Eu notei que quando você está na convenção todo mundo é gentil e amigável, mas assim que você entra na fila do palco muita gente muda de personalidade. Eu sofri bullying a vida inteira, então para mim é fácil reconhecer quando as pessoas estão julgando as outras. Isto é o que eu menos gosto nos concursos. As pessoas deveriam deixar os juízes julgarem. Não importa quão talentosa você seja; é preciso coragem para subir no palco e ser criticada. Nós estamos todos no mesmo barco, então tenha respeito.
Como, exatamente, funciona o trabalho dos jurados de concursos? Como eles são escolhidos? As diretrizes para avaliação de cosplayers variam de evento para evento, ou existem linhas gerais que são seguidas por todos? Quão formalizadas são as normas de avaliação?
Eu só tive a oportunidade de ser jurada de um concurso de cosplay. Como uma convidada oficial, avaliar os concorrentes foi uma das minhas responsabilidades. Nesse concurso, nós julgamos os competidores baseados em algumas categorias, incluindo presença de palco, originalidade e confecção. Outros concursos pelo país afora têm categorias e sistemas de pontuação diferentes.
Cosplays frequentemente são mencionados em discussões sobre direitos autorais. Em tese, character designs são propriedade de seus respectivos estúdios/editoras, e qualquer lucro sobre eles é vetado a terceiros. Você já teve ou testemunhou algum problema em relação a isso? Você acredita que isso seja um fator limitante para o crescimento da profissão?
Eu gosto de pensar que sempre que crio um novo cosplay estou “desafiando o sistema” de uma certa maneira. Cosplayers são rebeldes totais.
Eu acho sim que isso dificulta para aqueles que querem trabalhar profissionalmente com cosplay. É realmente assustador saber que pode se tornar um problema. Se o negócio de um cosplayer for processado ou fechado eles não terão com o que se sustentar, e isso é apavorante.
Eu não conheço ninguém pessoalmente que tenha tido um problema com isso, mas eu tenho um advogado de copyright com que posso contar caso aconteça comigo. Há coisas que cosplayers e cosmakers estão fazendo para prevenir isso, como divulgar e confeccionar seus trabalhos como inspirações, em vez de réplicas exatas.
Eu pessoalmente morro um pouquinho por dentro sempre que um cliente pede que sua fantasia seja uma cópia exata, mas eu preciso pagar as contas, então eu engulo meu orgulho,. Afinal de contas, eu sou uma designer, não uma copiadora.
Existe alguma atividade relacionada ao cosplay que você quer fazer, mas ainda não fez? Quais são seus horizontes?
Eu não tive oportunidade de ir a muitas convenções. Eu adoraria participar de mais eventos do tipo.
Meu sonho é ir à San Diego Comic Con. A SDCC é a copa do mundo das convenções. Meus objetivos a longo prazo é participar do maior número possível de convenções e viajar ao mundo fazendo cosplay.
A maioria dos cosplayers usa pseudônimos. Você pode me falar um pouco sobre este hábito? Você sabe qual é a origem da prática?
Ser uma cosplayer permite a uma pessoa ser uma pessoa diferente por um dia. Criar um pseudônimo é apropriadíssimo. Ele também permite à cosplayer separar sua vida normal do dia-a-dia de sua “vida do cosplay”, tal como escritores, atores e outros artistas fazem.
Ter um pseudônimo é muito comum no mundo das artes. Por exemplo, a atriz nascida como Norma Jeane Mortenson usou o pseudônimo de Marilyn Monroe. Um escritor chamado Samuel Clemens adotou o nome de Mark Twain. Eu não sei como isto começou, mas é uma prática comum há muito tempo.
Hannah Éva é seu nome ou seu pseudônimo?
Hannah Éva é meu nome de verdade. Meu nome completo é Hannah Éva Hofmann, mas eu queria encurtá-lo para que fosse mais fácil se referir a mim. Hofmann por algum motivo é incrivelmente difícil para as pessoas soletrarem e Éva é difícil para as pessoas pronunciarem corretamente. Então, tive de escolher qual nome me incomodaria menos quando eu precisasse corrigir alguém. (É tudo brincadeira, claro).
Eu tenho me apresentado como Hannah Éva desde o colégio e tenho muitos prêmios associados ao nome, então achei que não seria bom mudar quando comecei a fazer cosplay. Outro motivo é que eu achei que escolher outro pseudônimo não honraria minha ascendência húngara, da qual tenho muito orgulho.
E você? Trabalha ou trabalhou com cosplay e tem uma história interessante para contar? Entre em contato com a página
Hannah Éva has been cosplaying for a short while, but has crafted some truly astounding costumes so far. A full-time costume designer, Hannah told me about her routine, her experience as a cosplay guest at a convention and her life as a cosplayer in America.
You can read the interview below:
How old are you and how long have you been working with cosplay?
I am 23 years old and I have been cosplaying for about 2 years.
How did you become a costume maker? Was it something you always wanted to do, or did you get involved with it by chance?
Becoming a costume maker was definitely more by chance. I never really knew what I realistically wanted to be when I grew up but whether I liked it or not I knew it would end up having something to do with art since I felt that was my only skill.
These past few years, even before I knew what cosplaying was, my dream was to be in costume and get paid for it. I learned how to sew while I was in the hospital when I was 15. It was taught to me to be a kind of therapy. After that, though, I didn’t think much of it until I was starting to make my first ever costume.
Thankfully I’m a fast learner because I went from newbie to making a living out of creating costumes in just 2 years.
In a previous interview you mentioned that cosplay became your whole life. As a costume maker, what is your routine? Do you work at home or do you have a workshop? How much of your time do you put into it? Do you reconcile your passion with a day-job?
I am diagnosed with a pretty extreme case of bipolar disorder. I’ve lost jobs because of it before and I ended up having to quit my last job because of it. Because of that, costume design is my only job.
It is very helpful to be my own boss because I have to plan my life around my disorder. I work from home. I do have a separate room for all of my costuming but it tends to spread throughout the house. I do get sick a lot and I have to take care of my health first but every single day that I am able to function I work on costumes.
I don’t have much of a social life so I’ve become a bit of a workaholic. I do feel a little bad for my family and friends because I don’t have much else to talk about other than my costumes because it’s basically the only thing in my life other than my pets.
In your page, you brought up that you also accept commissions for Halloween costumes. While the date is celebrated around the world, I believe America is one of the few places where it became this massive, highly popular event in which even adults play dress-up. Do many American cosplayers make “casual” costumes as well? How easy it is to circle between the world of cosplay and other varieties of costume making?
I make the joke every year saying that I am dressing up as a normal person for Halloween since I’m in costume just about every other day of the year, kind of like this is my one day off.
However this is just a sad attempt to cover up the fact that I honestly haven’t celebrated Halloween in many years. I absolutely love the holiday but I just never have anything going on or get invited to any events or parties.
Until then, though, it is wonderful for my business as a costume designer because I get to branch out to a wider audience. I can imagine Halloween would be easier for cosplayers because we don’t have to stress so much about getting a costume last minute if we already have some in storage. I know I would use Halloween to have a more casual costume compared to the ones I take to conventions.
I feel an extreme amount of pressure each time I make a new costume. I could use Halloween as a way to keep me grounded since it’s more about having fun than a career choice. I think going from the world of cosplay to other varieties of costume making is fairly easy. Generally when you cosplay you are a specific character, but for Halloween you can be anything. It doesn’t have to be specific. Although for someone who isn’t much of a designer I can see that being a challenge because you aren’t following a plan for the costume.
Creating costumes for different festivals can be fun and challenging because you would follow a specific type of costume and sometimes must stay within those restrictions. Although I love a challenge and designing is my favorite part of creating costumes so I look forward to creating any type for any event.
You’ve been invited to conventions as a guest cosplayer. Could you tell me a little bit about the experience? What does a guest cosplayer normally do? How does one normally get approached to become a guest? Who does the approaching?
The experience was daunting. I didn’t know what to expect, and it was overwhelming. Once I got there, however, I met some pretty amazing people. My fellow cosplay guest, SuperKayce, really helped guide me.
As a guest, I was available for photo opportunities, answering questions, and giving cosplay advice. I was also able to sell my prints and other merchandise! One of the responsibilities I had was to host a panel discussion on a topic of my choice. I chose “Intro to Cosplay”, since it was fairly easy for me to relate to with my “newbie” cosplayer status.
Since I had never been to a panel before, SuperKayce joined me and was a big help. She not only guided me, but also helped guide the discussion. It was a really amazing experience, and I’m really looking forward to my next guesting opportunity.
My experience becoming a guest at a convention involved me contacting the convention organizers. I gave them my cosplay information, and they offered me a spot at their cosplay booth.
Have you ever worked with cosplay outside the “geek scene” properly speaking (eg.: in corporate events, children’s parties, charity events, marketing stunts)?
I have done some charity events in cosplay and this past year I worked as an entertainer for the Iola Car Show, in Iola, Wisconsin, USA. It is a lot of fun to do these events but it’s a completely different experience. I mean you go from being in costume as the norm to suddenly having all eyes on you because you stand out as the only person in costume. I’m a natural performer who doesn’t get embarrassed easily so I really enjoy it and I cherish every opportunity that I get to be in costume.
Beyond the personal fulfillment, what does a cosplayer look for in contests (eg.: prizes, prestige, networking)? Is it possible to become a professional cosplayer without participating in contests?
It adds a sense of pride – getting to say you are an award winning cosplayer.
Other than that, cosplayers can get some wonderful prizes, create new contacts, and get their picture taken. Since a lot of people watch the contest you get recognized more than you would if someone happened to pass you by on the convention floor.
It is definitely possible for a cosplayer to be professional without participating in contests. They do have to work a bit harder just to make up for the benefits they miss, but a lot of professional cosplaying is social networking. I definitely struggle with this because I’ve been a very private person my entire life so I struggle trying to come up with material to display. A lot of conventions are interested more in your social networking skills rather than how many contests you’ve won.
How do you choose the contests in which you participate, and how do you prepare yourself for them? Do you conceive a specific cosplay for each event, or do you seize the opportunity to show off ongoing projects?
If I’m going to enter a contest I will have planned a new costume to make months in advance. I like to research the contests before committing to entering so I know what to expect.
I don’t enter the contests every time I go to conventions. I put so much work into the costumes that I compete with and sometimes I just need a break and want to enjoy the convention rather than stress about a contest.
My strategy is to always be kind and joke around to ease the stress while waiting in line to be judged. I feel very comfortable when I get on stage and it’s like the entire world disappears. I usually have to ask if anyone even clapped for me afterward because I can’t hear it. After I get off stage I tell myself that I’m not going to win over and over, that way if I don’t win I’m not as disappointed and if I do win it means so much more.
Competing is a lot of fun but there are so many people that take it so seriously. I’ve noticed that while you’re on the convention floor everyone is so kind and supportive but as soon as you line up to compete a lot of people get so tense. I was bullied all my life so it’s easier for me to recognize when people are being judgmental.
That is my absolute least favorite thing about any contest. People should let the judges do the judging. No matter your skill level it takes guts to walk on stage and be critiqued. We are all on the same boat so be respectful.
How does the job of a cosplay contest judge work? How are judges chosen? Are the rules for judging cosplays and performances the same throughout the country, or does each convention have its own standards?
I’ve only had the opportunity to judge one cosplay contest. As an official cosplay guest, judging the contest was one of my responsibilities. At this contest, we judged the entries based on a number of categories, including: stage presence, originality, and craftsmanship. Other contests throughout the country have different judging categories and scoring methods.
Cosplay is often mentioned in discussions about copyright law. In principle, character and costume designs belong to their respective IP holders, and any sort of for-profit activity involving them is forbidden. Have you ever had or have you ever witnessed any issues concerning copyright? Do you believe this is a hindrance to those wishing to work professionally with cosplay?
I like to think that every time I create a new costume I’m “sticking it to the man” in a way. Cosplayers are total rebels.
I do believe it makes it difficult for those wishing to work professionally with cosplay. It is definitely frightening to know that it could become an issue. If a cosplayer’s business gets sued or shut down they won’t have much left and that’s a scary feeling. I have yet to know anyone personally that has had an issue with this but I already have a copyright lawyer on my side if it were to ever happen to me.
There are things that cosplayers and costume makers are doing to help prevent this such as marketing or creating their work as inspired creations rather than making the exact costume. I personally die a little inside whenever a client wants their costume to look like the exact copy but I need to pay the bills so I will swallow my pride. After all I’m a designer not a replicator.
Is there any cosplay-related activity you want to do, but haven’t done yet? What are your long-term goals?
I haven’t had an opportunity to go to many conventions, so I would like to attend more of them. My dream would be to attend Comic Con International in San Diego. The SDCC is the World Cup of conventions. My main long-term goals are to attend as many conventions as possible, and travel the world cosplaying.
Most cosplayers use aliases. Could you talk a little bit about this practice? Do you know where it came from?
Being a cosplayer allows a person to be someone different for a day. Creating an alias is only fitting. It also can allow the cosplayer to separate their normal, everyday lives from their cosplay lives, similar to writers, actors, and other artists of all sorts. Having a pen name, or alias, is very common in the arts. For example, an actress born Norma Jeane Mortenson used the alias Marilyn Monroe. A writer named Samuel Clemens used the pen name Mark Twain. I don’t know where it came from, but has been a common practice in the arts for quite a while.
Is Hannah Éva an alias or your real name?
Hannah Éva is my real name. My full name is Hannah Éva Hofmann but I wanted a way to shorten it so it would be easier to refer to me. Hofmann for some reason is incredibly difficult for people to spell and Éva is difficult for people to pronounce correctly, so when I was choosing how to shorten my name, I had to choose which name would bother me the least whenever I was correcting someone (I say that in the most light-hearted way possible).
I’ve been going by Hannah Éva since I was in high school and I have multiple art awards under that name so I didn’t think it would be best to choose a new alias when I decided to start cosplaying. Another reason is that I feel choosing a new name wouldn’t honor my Hungarian heritage that I am very proud of. I’ve gotten so used to introducing myself as Hannah Éva rather than just Hannah.
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